Procurando inspiração às 08h00min horas da manhã? Pois é. E encontrei!
Sentada na sala, esperando a chuva passar, peguei o livro e continuei a ler de onde havia parado (há uns três dias atrás, haha). Desliguei a televisão e, como sempre fazemos diante de um livro aberto, comecei a imaginar as vozes e as cenas que eu lia...
A chuva diminui.
Eu, com todo o remorso de deixar “O Pequeno Príncipe” de lado falando sozinho (risos), pego minhas coisas e saio. O vento que veio de leve depois da chuva, entrava pela manga da minha blusa, me causava arrepios, como se passeassem pelo meu corpo tentando deixar minha manhã e meu caminho para o trabalho ainda mais frio.
Passando por árvores baixas, um galho no chão e outro quebrado, deitado à minha altura, e na ponta, uma gota da chuva, que por algum motivo decidiu permanecer lá, ao invés de cair no chão como todas as outras gotas.
Através dela, eu pude ver bem de perto o outro lado da rua, detalhe: de ponta cabeça. Coincidência? Talvez. Meu mundo estaria de ponta cabeça naquele mesmo momento, tantas coisas pra fazer, tantas coisas pra dizer, pensar, refletir. Mas, justamente naquele momento eu não pude pensar sobre; minha cabeça se preocupava com outra coisa... A chuva voltara a cair. (desânimo) Falo para mim mesma (como sempre falando sozinha):
- “Bem que eu poderia estar na minha cama, embrulhada com meu cobertor de pelúcia (eu o chamo assim, haha), deitada, com a minha cabeça aconchegada por entre meus dois travesseiros, e meus “guardiões” do meu lado (meus bichinhos de pelúcia). Realmente seria bom demais pra ser verdade.”
A chuva engrossa. Meu tênis já está molhado, meu cabelo bagunçado e minha pele arrepiada com o frio.
Intrigada com o mundo de ponta cabeça, com aquela “dimensão” que encontrei por detrás da gota d’água, penso que seria engraçado se o mundo fosse realmente daquele jeito. Por que não?! Seria sim! Andaríamos normais ou plantando bananeira? (risos) De qualquer forma, por mais inútil que fosse (e por mais ridículo também), eu pensei assim! Ah, esqueci, tirei foto de uma das folhas do galho que estava deitado, cheia de gotinhas, de tamanhos variados e cheia de dimensões! Interessante.
Enfim, meu corpo indo em frente, em direção à minha rotina de segunda-feira á sábado, e ao mesmo tempo querendo voltar...
É incrível quando, mesmo querendo algo, fazemos outra coisa completamente diferente para cumprir nossos deveres! Como as pessoas dizem mesmo? Ah sim, responsabilidade. Essa é a palavra chave. Senti saudades do meu tempo de escola, daquelas tardes vendo televisão, enchendo a barriga de besteira, cochilando no fim da tarde, sem nada pra fazer. Porém, sem conhecimento algum. Acho que tudo tem sua hora, tudo tem sua razão. E por isso é bom amadurecer, e ser responsável! Crianças brincam com seus brinquedos enciumados, com toda a inocência e toda a disposição; adolescentes abertos para idéias novas, com olhos ansiosos para conhecer o mundo através do portão; jovens pensantes, esperançosos e dispostos a descobrir mundos novos a cada dia, respirar liberdade, aspirar felicidade; adultos com todo o cuidado cuidando de suas crias, conscientes e diante de todas as leis, vivendo num mundo financeiro, cheio de obrigações e responsabilidades, velhos (com todo o respeito) vigiando seus netos, cuidando de suas plantinhas em seu jardim, sentado na calçada em todas as tardes, observando o mundo que um dia esteve em suas mãos. Fases da vida. Nascemos, crescemos, vivemos, aprendemos, morremos...
Sem saber o sentido de tudo. Nossa, sem saber? Como assim? Deveríamos nos conformar com isso? Jamais! Vêm então, as perguntas em minha mente...
Por que estamos aqui? Para onde vamos? O que fazer? Por que tudo isso?
Somos todos inúteis depois que seguimos nossa natureza “procriando”? Seria esse a razão da vida? Aliás, qual o sentido da vida pra você?!
Tem dia que eu chego a acreditar que encontrei a razão da minha existência. Acredito que seja para aprender, e mais tarde ensinar, amar e então ser amado, lembrar do que já se foi e comparar com o que vier e depois tirar conclusões sobre o quanto evoluímos. Acredito também que a razão de tudo isso, é a felicidade. Pois é através da busca da felicidade que encontramos obstáculos, superamos nossos medos, aprendemos a viver intensamente, e depois de tudo, ainda a dividimos com as pessoas, o que é ainda mais maravilhoso! Que “graça” teria saber o que é a felicidade, se não pudéssemos dividi-la com ninguém? Que tamanho seria nossa ignorância se fosse para sentir sozinho a felicidade? Na verdade, acho “impossível ser feliz sozinho” ♪. Está aí! Sentimos tanta carência quando nos deparamos com a solidão, e nos sentimos tão bem quando estamos junto de quem amamos. Portanto, a felicidade, se desfrutada com alguém, é realmente chamada de felicidade. Portanto sorria, e seja feliz, mas seja feliz com alguém, aí sim você vai perceber a diferença. Um dia que poderia ser normal, já se tornou diferente, pois depois desse tipo de reflexão, respirei fundo e disse:
- “Eu sou feliz!”.
Essa é a minha maior certeza. É verdade! Nunca estive tão certa, e espero que você, depois de ler isso, busque inspirações, nem que seja numa gota d’água, como eu fiz.
Verá que só precisa de mente aberta para poder se expressar...
Portanto, lhe desejo felicidade hoje, amanhã e sempre! Não tema os desafios ao longo do dia, são eles que te deixam mais forte para ir atrás do que você quer. E se o que você queira, talvez seja a felicidade, acredite, irá encontrar!
“Fases que envolvem sentimentos, garantem maior resistência.” (frase antiga que fiz).
Ah, mais uma coisa... Tenha um bom dia! :]
Bruna Galeano
(06/03/2010)